segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Radioatividade e Meio Ambiente

Em 30 de setembro de 1987, a cidade de Goiânia registrou o maior acidente nuclear do Brasil. Uma cápsula de césio-137 é aberta em Goiânia, mata 4 e contamina mais de 600.




O MEIO AMBIENTE E A RADIOATIVIDADE

Quando falamos em energia nuclear, normalmente, a primeira lembrança que temos remete a tragédias como Chernobyl (Ucrânia) e Fukushima (Japão). Não é pessimismo de nossa parte, acredite. Se analisarmos o caso de Chernobyl, por exemplo, podemos dizer que, mesmo passados mais de 25 anos do acidente, ainda hoje, a cidade é fantasma. O governo não permite que as pessoas fiquem mais de 15 minutos nas imediações da antiga usina soviética, cujo reator explodiu em 1986, matando 30 funcionários em apenas 30 dias, destruindo a vida ambiental da região.

MAS O QUE, DE FATO, CAUSA TANTO MAL?

Na verdade, o material nuclear libera substâncias radioativas no ar, no solo e na água, contaminando todos os ecossistemas e as pessoas. O enriquecimento e a fissão nuclear do urânio dão origem a dois subprodutos extremamente perigosos: o Césio e o Iodo Radioativo.
O grande problema da radiação no meio ambiente está no tempo de contaminação. Os especialistas explicam que, além de contaminar a vida existente, os índices de radioatividade nesses lugares permanecem altos por décadas e gerações são atingidas pelos efeitos colaterais. Em termos práticos, a radiação não torna o solo infértil, mas contamina as novas plantações.

O decaimento radioativo, processo em que os isótopos radioativos perdem energia espontaneamente, tornando-se átomos mais estáveis e não radioativos, pode levar dias (iodo radioativo) ou décadas (césio). Outro detalhe interessante é que o césio permanece por até 30 dias no corpo humano, mas pode durar mais de 60 anos no meio ambiente, contaminando novamente as pessoas.

Natureza morta
Como a liberação de radioatividade a partir de um acidente nuclear afeta o meio ambiente. 
A HISTÓRIA DA RADIOATIVIDADE
A história da radioatividade está intimamente ligada ao físico francês Henri Becquerel. Ele foi o responsável pela descoberta da radioatividade do urânio e de outras substâncias, em 1896. Vindo de uma tradicional família de cientistas, Henri Becquerel estudou Ciências na Escola Politécnica e engenharia na Escola de Pontes e Estradas, em Paris, assumindo a cadeira de Física na Escola Politécnica, em 1895, como assistente de seu pai, Alexandre-Edmond Becquerel.
Ao lado do pai, Henri inicia seus estudos sobre radiação e o espectro de diversos cristais fosforescentes. Em 1896, o físico concluiu que a radiação era provocada pela instabilidade dos núcleos de certos átomos. Entre 1896 e 1898, publica uma série de estudos sobre a relação entre a absorção da luz e a fosforescência em alguns compostos de urânio, percebendo a existência de três rios distintos nesses processos: o alfa, o beta e o gama.
Em 12 de junho de 1901, o físico francês fez uma demonstração sobre radioatividade na Academia de Ciência de Paris, imortalizando os anos de estudos dedicados ao tema. Em 1903, ao lado do casal Curie, ele ganha o Prêmio Nobel de Física. Outras contribuições atribuídas a ele são: a medida do desvio das partículas beta, constituintes da radiação, em campos elétricos e magnéticos; e a teoria que explica a transformação espontânea de um elemento químico em outro.

SAIBA MAIS

A revista Scientific American – Aula Aberta traz uma matéria muito bacana sobre o tratamento do lixo nuclear e a importância do tratamento dado aos resíduos radioativos e como trabalhar os aspectos dentro da sala de aula:

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