Um dos dois últimos reatores únicos atualmente em serviço no Japão será paralisado nesta segunda-feira para manutenção, anunciou sua operadora, a Kansai Electric Power (Kepco).
A empresa recebeu em 16 de junho de 2012 a autorização das autoridades locais e do então primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, para reativar os reatores 3 e 4 de Ohi (oeste), logo antes da implementação de uma nova autoridade reguladora.
A Unidade 3 foi relançada em 1º de julho de 2012. Foi a primeira reativação real desde o acidente em Fukushima, em março de 2011, e o final de um breve período de tempo sem energia atômica.
A Unidade 4 foi reativada em parte no dia 19 de julho de 2012. Também será suspensa em 15 de setembro para uma sessão de manutenção regular, obrigatória depois de 13 meses de operação contínua.
Todas as usinas tiveram suas atividades progressivamente suspensas por precaução após o acidente em Fukushima (nordeste), provocado pelo terremoto seguido de tsunami de 11 de março de 2011.
Depois de parados os reatores 3 e 4, o Japão ficará de novo totalmente privado de energia nuclear.
De fato, é impensável que outros reatores japoneses sejam reativados depois, mesmo após algumas empresas terem pedido que a segurança de várias instalações fosse certificada pela autoridade reguladora com base em novas normas, mais rígidas, que entraram em vigor em 8 de julho.
Água acumulada em Fukushima pode ser jogada no mar após descontaminação
A água acumulada na usina nuclear de Fukushima poderá ser jogada no mar, após ser descontaminada, informou nesta segunda-feira o presidente da autoridade japonesa de regulamentação nuclear.
— Podemos considerar jogar a água no mar com a condição de que o nível de contaminação radioativa seja colocado abaixo do limite legal — declarou Shunichi Tanaka durante uma entrevista coletiva.
— Insisto no fato de que isto só será feito com água sutilmente radioativa que foi saneada. Em um dado momento, será inevitável colocar esta água em algum lugar, no oceano ou em outro lugar — acrescentou.
— O nível de contaminação que será aplicado será o admitido em nível internacional para as águas normalmente lançadas pelas instalações nucleares em funcionamento normal — explicou.
— Se decidirmos jogar a água no mar, faremos todos os esforços para reduzir os níveis o máximo possível sob o limite admissível — detalhou.
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