segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Cartas de um químico apaixonado



Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 2013
Querida Valência
Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irreversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por ti. Sa bismuto bem que te amo. De antimônio posso te assegurar que não sou nenhum érbio e que trabário muito para levar uma vida estável. 
Lembro-me de que tudo começou no urânio passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogênio. Estavas num carro prata, com rodas de magnésio. Houve uma atração forte entre nós dois, acertamos os nossos coeficientes, compartilhamos os nossos elétrons, e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando te telefonei, respondeste carinhosamente: "Próton, com quem tenho o praseodímio de falar?". 
Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos num palácio de ouro, e nunca causou nenhum escândio. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria contigo. Espero que não estejas saturada, pois devemos fazer uma reação de adição e não de substituição. 
Soube que a Ines te contou que eu a em bromo: manganês cuidar do seu cobre e acredite níquel digo, pois saiba que eu nunca agi de modo estanho. Caso algum dia apronte alguma, eu sugiro que procure um avogadro e que me metais na cadeia. 
Sinceramente, não sei por que estás á procura de um processo de separação, como se fossemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar er radio. Se isso acontecesse, iridio em boro urânio de raiva. Espero que não tenhas tido mais contato com o Hélio (que é um nobre!), nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polónio e Francio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição. 
Antes de me deitar, ainda com o abajur a cesio, des calcio meus sapatos e mercúrio no silício da noite, pensando no nosso amor que está acarbono e sinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltasse à normalidade inicial. Sem ti minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito. És a luz que me alumínio e estou triste porque atualmente o nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base. 
Aproveito para lembrar que me deves devolver o meu disco da KCl. 
Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas. 
Abrácidos do Lantânio

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