domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pigmento utilizado na antiguidade pode ter aplicações na nanotecnologia

Investigação sobre o azul egípcio está publicada no Journal of the American Chemical Society


Um pigmento azul brilhante que era utilizado por diversos povos há 5 mil anos está a dar aos cientistas actuais pistas sobre como desenvolver novos nanomateriais com potenciais utilizações em dispositivos médicos de imagiologia, telecomandos, tintas de segurança e outras tecnologias.


Esta é a conclusão de um artigo sobre o azul egípcio, considerado o primeiro pigmento sintético, publicado agora no Journal of the American Chemical Society. Os investigadores dirigidos por Tina T. Salguero, do Departamento de Química da Universidade da Georgia (EUA), analisaram este pigmento que era utilizado em vários tipos de monumentos em todo o mundo mediterrâneo.

Vários vestígios foram encontrados, por exemplo, na estátua da deusa Íris, que se encontra no Partenon ou no famoso fresco «Lago no Jardim» (na imagem), que decora o túmulo do escriba egípcio Nebamun, em Tebas.
Os investigadores admitem ter ficado surpreendidos quando descobriram que o silicato de cobre e cálcio no azul egípcio se divide em nanofolhas tão finas que milhares delas caberiam num fio de cabelo. Estas folhas produzem radiação infravermelha invisível semelhante aos feixes que comunicam entre telecomandos e os aparelhos que estes controlam.
O silicato de cobre e cálcio fornece pistas para uma nova classe de nanomateriais que são particularmente interessantes. Podemos repensar as aplicações as aplicações deste material antigo através dos modernos meios da tecnologia química”, referem os investigadores.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=57042&op=all

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