Juntos, Marie e Antoine Lavoisier praticamente fundaram a química moderna.
Esse é o exemplo de casamento arranjado que deu certo. Isso porque, mesmo não tendo necessariamente uma “química” inicial, o casal resolveu o problema rapidinho inventando uma. Juntos, Marie e Antoine Lavoisier fundaram a química moderna. Suas pesquisas sobre o calor e o fogo substituíram antigas crenças da alquimia por um sistema de princípios científicos sólidos. E isso só aconteceu porque, quando Marie tinha 14 anos, seu pai acertou seu casamento com Antoine , um químico já bem estabelecido, membro da Academia Francesa de Ciências, e que tinha o dobro da idade dela.
Durante os 25 anos que se seguiram, o casal trabalhou em conjunto. Lavoisier não dominava outros idiomas além do francês e era Marie quem traduzia os textos do e para o inglês. Isso foi fundamental para o avanço das pesquisas e para a divulgação das descobertas do casal fora da França. Além disso, Marie desenhava os inventos dele, o que era fundamental para a sua compreensão. Pesquisando juntos, o casal descobriu a existência do oxigênio e sua importância para a respiração dos animais e das plantas, e demonstrou que ele está presente no processo de combustão. Também formulou a Lei da Conservação da Matéria: o peso do produto de uma reação química deve ser igual ao peso dos reagentes. Assim deduziram a célebre lei: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
Politicamente, no entanto, os dois não tinham nada em comum. Em plena Revolução Francesa, enquanto Marie pregava o fim das regalias para os nobres, Antonie bolava novas maneiras e pedágios para cobrar impostos dos pobres. Por isso, ele acabou sendo guilhotinado, em 1794. Onze anos depois, Marie terminou a obra de 8 volumes Memoire de Chimie (“Memórias da Química”) e a publicou com o nome do marido.
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